Relator anuncia parecer sobre a Reforma Administrativa

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Lira (C) concede entrevista ao lado de Arthur Maia (E) e Fernando MonteiroFonte: Agência Câmara de Notícias

O relator da PEC 32/20, deputado Arthur Oliveira Maia (DEM/BA), apresentou nesta terça-feira (31/8), em coletiva na Câmara dos Deputados, os principais pontos de seu relatório à Reforma Administrativa. Acompanharam a divulgação o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP/AL), e o presidente da Comissão Especial, Fernando Monteiro (PP/PE).

O texto foi protocolado no fim do dia e a leitura do documento será realizada nesta quarta-feira (1/9), às 9h30. Após a leitura, Arthur Lira informou que será concedida vista a todos os partidos. A votação na Comissão Especial está prevista para os dias 14 e 15 de setembro, segundo ele, sem obstrução.

Lira afirmou que todos os trechos que deram origem a falsas versões foram banidos do texto. Ele reforçou que a proposta não atinge os direitos adquiridos dos atuais servidores públicos e adiantou que a estabilidade no emprego será prevista, inclusive, aos futuros servidores. A proposta deve ser votada entre os dias 14 e 15 de setembro na Comissão Especial.

O relator, deputado Arthur Oliveira Maia, explicou que a estabilidade está garantida, de forma que nenhum servidor público atual ou futuro poderá ser demitido de maneira imotivada. Segundo Maia, qualquer demissão estará submetida à avaliação de desempenho do servidor.

O parlamentar destacou que, embora uma lei futura vá regulamentar os pontos da avaliação de desempenho, a PEC já estabelece algumas orientações. Entre elas estão a que prevê que essa avaliação seja feita em plataforma digital, bem como tenha a presença do usuário do serviço para dar a opinião do serviço prestado. Segundo ele, as plataformas Gov.br e Sougov.br serão utilizadas para a avaliação do usuário.

Arthur Maia também destacou que retirou da proposta original do texto encaminhado pelo Poder Executivo a previsão do vínculo de experiência e manteve o estágio probatório, instrumento jurídico de vínculo provisório do servidor antes de alcançar a estabilidade. Maia explicou que, em vez de ser apenas uma avaliação ao final do estágio probatório, os novos entrantes deverão prestar seis avaliações semestrais, antes de conseguir a estabilidade.

As assessorias parlamentares da ANFIP e do Fonacate (Fórum das Carreiras Típicas de Estado) já estão analisando o texto e uma reunião extraordinária das entidades do Fórum está prevista para esta quarta-feira (1/9).

Resumo das principais considerações do relator:

  • Retirada do texto do regime de contratação por tempo determinado;
  • Retirada do texto do chamado “vínculo de experiência”;
  • Reformulação do estágio probatório, passando a acontecer de forma semestral, no mesmo período de 3 anos (ou seja: a partir de 6 avaliações semestrais);
  • Manutenção da estabilidade para todos os servidores públicos, entrelaçada à avaliação de desempenho;
  • Regulamentação do mecanismo dos contratos temporários, a partir de processo seletivo simplificado, igualmente sujeitos à avaliação de desempenho. Vedada a sua utilização nos cargos exclusivos de Estado;
  • Avaliação de desempenho por meio da plataforma digital Gov.BR, cujos detalhes serão dados em regulamento futuro;
  • Definição de cargos exclusivos de Estado (palavras do relator) no bojo da PEC.

Com informações da Agência Câmara de Notícias e Queiroz Assessoria.
Confira AQUI a coletiva de imprensa.

Foto: Michel Jesus/Câmara dos Deputados

As informações são da ANFIP.

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