ANFIP-MG participa de ato público contra a reforma da Previdência (PEC 6/2019)

Começou a batalha. Milhares de pessoas foram para as ruas no dia 22 de março de 2019, em todo o país, manifestarem contra a proposta de reforma da Previdência feita pelo governo através da PEC 6/2019. Em BH, o ato público aconteceu no final da tarde da sexta-feira (22/03), na Praça Sete, Centro da capital.

A VP de Política de Classe e Cultura Profissional da ANFIP-MG, VP de Assuntos Parlamentares da ANFIP e uma das coordenadoras da Frente Mineira Popular em Defesa da Previdência Social, Ilva Franca, representou as entidades no evento. A suplente do Conselho Executivo da ANFIP-MG, Maria José Comanduci, também participou do ato.

Ainda estiveram presentes os deputados federais Rogério Correia (PT/MG), Vilson da Fetaemg (PSB/MG), as deputadas estaduais Marília Campos (PT) e Beatriz Cerqueira (PT) e a ex-deputada federal Jô Moraes (PCdoB/MG).

Em sua manifestação (confira aqui), Ilva Franca disse que a sociedade não pode permitir que a PEC 6/2019 seja aprovada da forma como foi concebida, pois ela representa a destruição da Previdência e da Seguridade Social e é muito pior do que a PEC 287/2016, “que conseguimos enterrar em fevereiro de 2018”.

Franca fez questão de destacar duas das principais mazelas da proposta: a desconstitucionalização da Previdência Social, permitindo que lei complementar faça modificações futuras de maneira mais facilitada, uma vez que não necessita de quórum especial para aprovação, “como fizeram com a reforma trabalhista, na calada da noite”; e o regime de capitalização, que extingue o tradicional sistema de repartição. “Cada trabalhador vai depositar sua contribuição previdenciária em conta individual, possivelmente num banco privado. Além disso, os patrões e o governo não vão contribuir. É o mesmo regime aprovado no Chile na década de 80, que está provocando muito suicídio entre os aposentados daquele país, uma vez que não têm como se sustentar com o valor das aposentadorias”, observou. “Eu participei do lançamento da Frente Parlamentar em Defesa da Previdência Social (em Brasília) e o palestrante do Chile afirmou que o país está querendo reverter o atual regime para o que vigora no Brasil hoje”, completou.

Por fim, Ilva Franca disse que a única forma de barrar a PEC 6/2019 é “conscientizarmos nossos familiares, amigos, colegas de trabalhos, servidores públicos, trabalhadores do regime geral e trabalhadores rurais e nos unirmos. Temos que fortalecer nossos atos públicos. Esse é o primeiro. Vamos em frente. Não à desconstitucionalização da Previdência Social! Não ao regime de capitalização!”, concluiu.

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