Tivemos uma importante vitória na aprovação da PEC 186/2019 (PEC Emergencial) — promulgada pelo Congresso Nacional como Emenda Constitucional (EC) nº 109/2021, que permite novo e justo auxílio emergencial para a população mais fragilizada pela pandemia de coronavírus e estabelece medidas de ajuste fiscal.
Graças à atuação concentrada da ANFIP, em conjunto com as entidades que compõem o Fonacate, a vitória se deu na medida em que foram mantidos os recursos do Fundaf, destinados às atividades da Receita Federal do Brasil e da Administração Tributária.
No entanto, a EC 109 trouxe prejuízos ao serviço público, de forma geral, já que gatilhos poderão ser acionados pelo poder público sempre que a relação entre as despesas obrigatórias sujeitas ao teto de gastos e as despesas totais superar 95%, a fim de vedar aumento de salário para servidores, realização de concursos públicos e concessão de benefícios e incentivos tributários, dentre outros.
Esses gatilhos podem ser acionados pela União, estados, municípios e Distrito Federal, mas o acionamento é opcional. É bom ressaltar que a vedação de realização de concursos públicos acontecerá apenas para a criação de novos cargos. Se forem realizados para reposição de cargos vagos, eles podem acontecer normalmente.
Embora tenha havido a vitória representada pela manutenção dos recursos do Fundaf para a RFB, o processo de aprovação da EC 109 sacrificou, inequívoca e injustamente, o serviço público, em detrimento de alternativas que envolvessem toda a sociedade, especialmente os mais ricos, a exemplo da taxação de grandes fortunas, prevista na Reforma Tributária Solidária, proposta pela ANFIP.
Contra a reforma administrativa e o Decreto 10.620/20
Os prejuízos ao serviço público e a ligeira vitória mostram que devemos nos manter mobilizados, mas precisamos nos fortalecer ainda mais e termos consciência de que os ataques não vão cessar, a exemplo da iminente reforma administrativa e do Decreto nº 10.620/21, que transfere para o INSS a competência de concessão e manutenção de aposentadorias e pensões do Regime Próprio de Previdência Social (RPPS) dos servidores de autarquias e fundações.
Aliás, por falar nesses dois assuntos, no dia 16/03/2021, a ANFIP divulgou uma nota de repúdio à declaração do relator da reforma administrativa (PEC 32/2020), deputado Darci de Matos (PSD-SC), que descreveu o serviço público como “oneroso, corrupto e lento”. Além disso, a Associação promove uma mobilização on-line (Dia Nacional em Defesa do Serviço Público), a partir das 10h do dia 24 de março de 2021 (quarta-feira), para debater o “Impacto do Decreto 10.620/2021 na vida do Servidor Público” (saiba mais aqui).
Participe! Vamos seguir juntos nessa luta em defesa dos nossos direitos!
No próximo dia 24 de março, servidores estarão mobilizados em várias frentes pelo Dia Nacional em Defesa do Serviço Público. Na ANFIP, a programação começa com a Live – Série ANFIP, às 10 horas, com o tema “Imp...
Na próxima quarta-feira (24/3), diversas entidades estarão mobilizadas em várias frentes pelo Dia Nacional em Defesa do Serviço Público. Este é um momento crucial de união e luta, pois, a PEC 32/20 (Reforma Administrat